sexta-feira, 22 de março de 2019

Interventor do Baraúnas diz que clube conseguiu reduzir dívidas, mas retorno em 2019 é incerto

Damásio Medeiros informou que o Baraúnas minimizou as dívidas em 35%

Ao blog do jornalista Marcos Santos, o interventor do Baraúnas, Damásio Medeiros, informou que o clube trabalha fortemente para sair da situação em que se encontra e que ainda não há certeza do futebol profissional retomar suas atividades neste ano. O Tricolor foi rebaixado para a segunda divisão no ano passado e terá de disputar a divisão de acesso do Campeonato Estadual para tentar voltar à elite do futebol potiguar.

Medeiros destacou que em seis meses de trabalho, a contabilidade está organizada e que uma parte da alta dívida trabalhista já foi quitada.

“O Baraúnas caminha a passos a largos, o clube hoje tem uma contabilidade organizada, entregando todas suas responsabilidades fiscais mês a mês, e com um CNPJ ativo como determina a lei. Na parte administrativa, as ações são feitas no tocante a resolver problemas financeiros, tomando decisões pontualmente, solucionando as mesmas. Hoje, o Baraúnas já minimizou muitas dívidas, algo em torno de 35%”, informou Damásio, sem detalhar valores já pagos e outros por resolver sobre as ações trabalhistas, que o clube sofre desde a década de 90. 

Segundo o interventor, o dinheiro para quitar as contas advém do quadro de associados do clube e ações para levantar recursos como venda de camisas, eventos na Toca do Leão e rifas. Esse trabalho é desempenhado pelo grupo de interventores, liderado por Damásio. 

A Justiça estendeu o prazo da intervenção, mas essa intervenção poderá acabar em maio, após a realização das eleições para definir o Quadro Diretivo do tricolor.

“Tem uma eleição marcada, salvo engano, para maio. Os sócios estão ativos, pagando ao clube, e são eles que participam do pleito com o exercício do voto. Se houver mais gente interessada em participar, nos procure, estamos a disposição para recebê-los e efetivá-los para que a gente consiga tirar o Baraúnas dessa situação”, falou. 

Sobre o retorno do time profissional aos gramados, o que ocorrerá através da segunda divisão por ter sido rebaixado ano passado, o interventor do Baraúnas é enfático ao defender o regresso após a quitação total dos débitos. 

“Eu defendo que o Baraúnas volte quando estiver zerado com suas dívidas. Os empresários, que participam com a gente nas reuniões, utilizam essa estratégia na empresa deles, e a gente está empregando isso aqui no clube. Se a empresa está endividada, ela tem que zerar suas contas para depois partir para as ações, se ela está endividada e faz as ações ao mesmo tempo, isso vai gerar outras dividas, ai se transforma em uma ‘bola de neve’. Defendo sim, que o clube só volte quando as contas estiverem zeradas”, disse, veemente. 

“Vejo o torcedor dizer, até alguém da imprensa, também alguns outros mais chegados em ajudar o clube, ora qual o clube que não deve? Lógico, muitos devem e outros, não. Mas os que devem, são clubes com dividas administráveis, o que não é o caso do Baraúnas. Um exemplo: Paulo Henrique Ganso veio para o Fluminense, o clube está com três meses de salários atrasados, mas o cara vem, pois sabe que um dia vai receber, e no caso do Baraúnas, o cara sabe que não vai receber, pois o clube está afundado em dividas, isso é uma realidade, todos já sabem. O Baraúnas tem é que sair dessas dividas para depois pensar contrair outras, senão se torna como já disse uma bola de neve, e terminando por piorar ainda mais a situação”, concluiu.

Com informações do Blog de Marcos Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário