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Goleiro
marcou época no Botafogo e se aposentará ao fim da temporada. Jogo contra o
Paraná serve como despedida do ídolo. Foto: Satiro Sodré/Botafogo
Da CBF
Chegou o fim
de uma era no Botafogo. Nesta segunda, o goleiro Jefferson fará sua última
partida diante da torcida alvinegra. Contra o Paraná, no Nilton Santos, o
arqueiro entrará em campo pela última vez com a camisa do clube, em um jogo que
serve como homenagem a um ídolo que marcou época no Botafogo.
A idolatria
que Jefferson nutre na torcida do Botafogo é facilmente explicada por vários
momentos da trajetória do goleiro no clube. A primeira passagem, por empréstimo
em 2003, já prometia bastante. Contratado como reserva durante a campanha da
Série B, assumiu a titularidade no ano seguinte e se consolidou como um dos
melhores goleiros do país. Em 2005, porém, se transferiu para a Europa, onde
ficou por cinco temporadas.
Quando
voltou ao Brasil, Jefferson procurou o Botafogo. Retornou como uma opção para
disputar posição com o uruguaio Juan Castillo. Em poucos jogos, no entanto,
recuperou a titularidade e o prestígio entre os torcedores botafoguenses. Mas
foi só no ano seguinte que veio a coroação.
Na decisão
do Campeonato Carioca de 2010, o Botafogo se viu mais uma vez diante do
Flamengo, carrasco nas três edições anteriores. Com o título em jogo, o
Glorioso vencia por 2 a 1 quando o Fla teve um pênalti a seu favor. Com a bola
nos pés, nada menos do que Adriano Imperador, artilheiro do último Brasileirão
e atacante da Seleção Brasileira. Nada disso intimidou Jefferson. Na cobrança,
o goleiro voou em seu canto esquerdo e espalmou o chute de Adriano, garantindo
o título do Botafogo.
O bom
desempenho de Jefferson com a camisa do Botafogo rendeu convocações para a
Seleção Brasileira. Ele esteve entre o elenco na Copa América de 2011, na Copa
das Confederações de 2013 e na Copa do Mundo de 2014. No mesmo ano, não
conseguiu evitar o rebaixamento do Bota para a Série B. Mas isso não afastou o
goleiro do clube. O ídolo se manteve fiel ao Glorioso e ficou para devolver o
Fogo à elite do futebol brasileiro.
Nas últimas
temporadas, Jefferson tem convivido com lesões, que não o deixaram ter uma
sequência no gol alvinegro. Enquanto isso, a chegada do paraguaio Gatito
Fernández deu uma boa opção para o futuro do gol alvinegro. Foi com ele como
titular que Jefferson conquistou o Carioca de 2018, seu último título pelo
Botafogo.
Não importa
o que aconteça dentro de campo nesta segunda-feira, o torcedor botafoguense
terá um grande motivo para celebrar no Nilton Santos. É o fim da trajetória de
um goleiro que, fora a excelência dentro de campo, sempre vestiu a camisa do
Botafogo como se cumprisse seu destino. Como se fizesse daquilo um objetivo de
vida. E quem há de dizer que não era mesmo?
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