Do Estadão
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A Conmebol
anunciou nesta terça-feira que o Santos foi punido com um placar desfavorável
de 3 a 0 no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, em
Avelllaneda, contra o Independiente, em função da escalação irregular do
meio-campista Carlos Sánchez. Além disso, o uruguaio está suspenso do duelo de
volta, marcado para esta terça, às 19h30, no Pacaembu. Com a punição, o Santos
precisará vencer o confronto de volta por quatro gols de diferença - triunfo
por 3 a 0 leva o duelo aos pênaltis.
O tribunal
determinou "como perdedor o Santos da partida disputada contra o
Independiente, pela ida das oitavas de final da Libertadores e,
consequentemente: determina o resultado de 3 a 0 a favor do Independiente, de
acordo com o artigo 19 do Regulamento de Disciplina da Conmebol", afirma.
"Confirma a suspensão do jogador Carlos Sánchez por uma partida, que
deverá ser cumprida na próxima partida da Libertadores".
O julgamento
do Santos pela escalação de Sánchez se iniciou na segunda-feira, quando o clube
se defendeu na sede da Conmebol, em Luque, nas proximidades de Assunção. Mas o
clube não teve êxito em sua argumentação, sendo punido pela entidade.
O Santos, porém,
ainda pode recorrer da punição. E a tendência de que a diretoria do clube leve
o caso até a instância máxima, a Corte Arbitral do Esporte, caso não tenha
êxito na própria Conmebol. Nesse momento, porém, apenas uma goleada no
Pacaembu, nesta terça-feira, classificará o time às quartas de final da
Libertadores.
A partida,
realizada em Avellandeda, na semana passada, terminou empatada em 0 a 0, mas a
Conmebol abriu ação disciplinar para investigar o caso de Sánchez,
recém-contratado pelo Santos e que havia sido expulso em sua última partida em
um torneio sul-americano de clubes antes do confronto de terça, ainda pelo
River Plate, em 2015. Ele tinha um jogo de suspensão a cumprir, mesmo após a
anistia promovida pela Conmebol em 2016, quando reduziu pela metade a pena em
vigor aos jogadores em competições continentais.
Sánchez
havia sido punido com três jogos de suspensão, o que o impossibilitava de
encarar o Independiente. O Santos, por sua vez, garante que o sistema
eletrônico da Conmebol classificava o uruguaio como apto a entrar em campo na
terça.
O Santos,
que contratou o advogado Mário Bittencourt para defendê-lo, pedia que o jogador
cumprisse o jogo restante de suspensão no confronto de volta diante do
Independiente pelas oitavas de final da Libertadores e citava um precedente
envolvendo o River Plate.
O volante
Bruno Zuculini atuou de forma irregular em todas as sete partidas do clube
argentino nesta Libertadores, graças a uma punição sofrida ainda em 2013,
quando atuava pelo Racing, da qual sobravam dois jogos restantes a serem
cumpridos no torneio deste ano.
Sem ter
conhecimento da situação de seu jogador, o River consultou a Conmebol e ouviu
que Zuculini estava apto a jogar. A entidade alegou "erro
administrativo", liberou o clube argentino de qualquer punição e ordenou
que o atleta cumpra as partidas restantes na sequência do torneio. E é
exatamente este tratamento que o Santos esperava da confederação em seu caso.
Apesar desse
argumento, o Santos defendia que escalou Sánchez de forma regular. O clube
alega que o sistema eletrônico da Conmebol, bem como as informações passadas
pela Fifa e pelo Monterrey, time anterior do volante, davam conta de que o
jogador poderia estar em campo.

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