sábado, 20 de abril de 2019

Há 14 anos, Baraúnas fazia 3 a 0 no Vasco e eliminava cariocas da Copa do Brasil

Zagueiro Pedrosa marcando o atacante Romário. Foto: Reprodução
No dia 20 de abril de 2005, uma quarta-feira, véspera de feriado de Tiradentes, o Baraúnas realizava uma de sua grandes façanhas em sua história: O Tricolor batia o Vasco da Gama por 3 a 0 em pleno São Januário e avançava para as quartas de final da Copa do Brasil, até então a melhor campanha de um time do Rio Grande do Norte na competição nacional.

Naquela partida de volta pelas oitavas de final, Cícero Ramalho, Toni e Henrique protagonizaram uma das maiores humilhações da história do Vasco em seu estádio. O resultado derrubou o técnico Joel Santana e a torcida vascaína protestou muito a eliminação para a equipe potiguar. Na ida, as equipes empataram em 2 a 2 em Mossoró.

A capa do JORNAL EXTRA depois do jogo já deixava bem claro o tamanho da façanha leonina. O diário carioca estampou em letras garrafais: HUMILHAÇÃO. “O Vasco foi humilhado ontem, em São Januário, pelo Baraúnas de Mossoró. Perdeu por 3 a 0 e deixou a Copa do Brasil dando vexame diante de sua torcida. Joel Santana entregou o cargo depois da partida”, emendou.

Capa do Jornal Extra no dia seguinte a vitória leonina diante dos vascaínos no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução


Já o JORNAL DO BRASIL destacou: “Papelão em São Januário”. Nem Romário salva o Vasco, que levou passeio do Baraúnas/RN por 3 a 0 e está eliminado da Copa do Brasil, colocou na manchetinha.

Capa do Jornal do Brasil após a façanha do Baraúnas diante do Vasco em 2005. Foto: Reprodução


O jogo entre cariocas e norte-riograndenses marcou o duelo de dois atacantes veteranos. De um lado estava Romário, tetracampeão do mundo com a seleção brasileira, e do outro Cícero Ramalho. Romário já tinha 39 anos e o "Cícero Romário" havia chegado aos 40 naquele ano. A idade não os impedia de seguir marcando gols. 

Em entrevista ao Globoesporte.com do RN em 2015, o goleiro Isaías contou que o técnico Miluir Macedo realizou uma atividade horas antes do confronto no placo da partida.

“O time, com Miluir (Macedo, técnico do Baraúnas), treinou às 10h da manhã, em São Januário, no dia do jogo. Enquanto a gente treinava, os jogadores do Vasco, que estavam concentrados lá mesmo, não acreditaram que era o time que ia jogar na mesmo noite contra eles”, frisou.

Depois daquele jogo, o Baraúnas enfrentou o Cruzeiro pela Copa do Brasil. Um 7 a 3 no Nogueirão e um 5 a 0 no Mineirão acabaram eliminando o time mossoroense da competição. Mas a história já estava feita.

Acompanhe abaixo matéria exibida no Globo Esporte no dia seguinte a façanha.



Ficha técnica:

VASCO

Fabiano Borges; Coutinho, Adriano, Marcos e Jorginho Paulista; Osmar (Diego), Ygor, Allann Delon (Rubens) e Róbson Luiz (Gustavo); Romário e Alex Dias
Técnico: Joel Santana

BARAÚNAS

Isaías; Da Silva, Pedrosa, Nildo e Agnaldo; Célio, Amarildo (Edinho), Val, Toni e Álvaro (Hermano); Cícero Ramalho (Henrique)
Técnico: Miluir Macedo

Local: estádio de São Januário, no Rio de Janeiro
Renda: R$11.260,00
Público: 2254 pagantes

Árbitro: Édson Esperidião (ES)
Auxiliares: Marcos Antônio Collodetti (ES) e Eurivaldo Lima (RJ)


Cartões amarelos: Osmar (V), Amarildo (B) e Pedrosa (B)
Gols: Cícero Ramalho, aos 26min do primeiro tempo; Toni, aos 10min, e Henrique, aos 22min do segundo tempo

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